sexta-feira, janeiro 03, 2014

Quais são as diferenças - Faca, Adaga e Punhal



 Você sabe quais são as diferenças da faca, punhal e adaga, se não sabe conheça agora mesmo.
Existe uma grande diferença entre esses três equipamentos.



 A faca - Foi a primeira ferramenta que o homem construiu. 
É equipamento muito usado nas cozinhas de todo o mundo e talvez desses três o mais conhecido, tem uma característica muito comum. A faca possui apenas um gume com fio e algumas possuem serrilhado o que facilita no corte, por exemplo: do lado onde não há fio e existe apenas um serrilhado próximo a base da faca você o utiliza para apoiar o polegar na hora do corte.

Punhais - O punhal é bastante conhecido, tem uma lamina geralmente fina e um local para apoiar o punho
assim a mão não irá escorregar para a lamina.












A adaga - Conhecida por ser um equipamento que causa desastres a curto alcance. A adaga é bastante poderosa tem dois gumes e geralmente há uma profundidade no fio assim quando ela penetrar na pele vai entrar ar e se alcançar um vaso sanguíneo não há escape.

Veja abaixa a história de cada um deles, assim você saberá que arma branca utilizar em suas aventuras, o que pode quebrar um enorme galho nas horas de perigo:








A faca e sua história


Uma faca é qualquer objeto cortante capaz de ser empunhado. As facas são ferramentas utilizadas desde as mais primitivas eras da humanidade.


As facas podem ser usadas para as mais diferentes aplicações, como ferramenta, arma ou simples objeto de decoração e para cada função existem diversas combinações de geometrias de lâminas, tipos de metais e métodos de fabricação, cuja combinação a torna adequada a determinado tipo de uso.

 Etimologia

Segundo o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de Antônio Geraldo da Cunha, o vocábulo faca possui origem obscura. Entretanto, é sabido que seu registro na língua portuguesa se dá por volta do século XV.

 História

A presença desse instrumento é confirmada desde a Idade do bronze (6,5 milhares de anos A.C.) na Ásia Menor. A importância do mais antigo dos talheres foi registrada pelo filósofo estóico Posidónio ao narrar um festim na Gália em 97 A.C. Sua dupla função, de cortar os alimentos e também levá-los à boca, se modificou com o advento do Garfo, conforme Leo Moulin1 .

Ao longo da história humana, as facas foram produzidas das mais diferentes maneiras em várias sociedades, desde as pedras lascadas pelo homem primitivo, passando pelas facas produzidas a partir de pedaços de meteoritos ricos em ferro, até as facas produzidas nos dias de hoje pela indústria moderna.

O ápice do uso da faca como talher se deu entre o final da Idade Média e o Renascimento com os requintes da Cutelaria na Itália, Alemanha, França e Espanha. No século XIV na França os Reis usavam facas conforme o calendário religioso anual: eram com cabos escuro em Ébano durante a Quaresma e com cabos de ébano e Marfim em Pentecostes.

Há duas versões opostas referentes às opiniões e determinações do Cardeal e Duque de Richelieu, ministro de Luís XIII referentes às facas: conforme Antoine de Furetière, autor do Dicionário Universal, o Cardeal instituiu nas refeições facas de ponta afiada para uso na limpeza dos dentes, enquanto que Norbert Elias, conforme citado por Renato Janine Ribeiro, defende que Richelieu proibiu essas facas mais passíveis de uso mais agressivo.

O Cardeal e Duque de Richelieu era um homem poderoso e respeitado, servindo de exemplo social. A aferição das versões contraditórias poderá ser realizada, verificando, na actualidade, quantas pessoas usam a faca de ponta afiada para uso na limpeza dos dentes e quantas mesas são postas com facas de ponta redonda e fio cortante quase nulo.

 Lamina

A parte perfuro-cortante da faca, onde se encontra o gume, geralmente construída em aço e revestida pelo cabo numa das extremidades, permitindo a sua empunhadura segura. O formato da lâmina determina o tipo de faca e, em conjunto com a geometria transversal da lâmina (vazado ou desbaste), adequa a faca ao tipo de material a ser cortado e também a profundidade do corte a ser feito. Basicamente temos três tipos:

a geometria do tipo "Hollow Ground", onde a superfície da lâmina é côncava, privilegiando cortes finos e superficiais, porém, com menos resistência a impactos;

a geometria tipo "Flat Ground", onde a superfície da lâmina é reta, privilegiando cortes mais profundos e que confere maior resistência a impactos, tornando a lâmina ideal para tarefas pesadas;

A geometria do tipo "Convex Ground", onde a superfície da lâmina é convexa, exatamente o oposto do tipo "Hollow Ground". Atualmente é o tipo menos usado, exatamente por não apresentar vantagens significativas em relação aos tipos anteriormente mencionados.


Bainha

Proteção para o abrigo da lâmina, habitualmente executada em tecido, couro, madeira ou metal ou numa combinação desses materiais, também servindo para que uma faca possa ser portada e transportada com segurança. Normalmente, bainhas antigas em pele, tecido, couro ou madeira possuíam a ponteira e o bocal em metal para reforço. No Brasil, na Argentina e no Uruguai este tipo de bainha com ponteira e bocal geralmente em prata ou alpaca, quando confeccionada em couro, é popularmente conhecido como bainha "picanço" ou "picazo".


O punhal e sua história

Punhal, em geral é uma pequena arma branca, de lâmina curta, estreita, penetrante e cortante, e cabo em forma de cruz. Usado desde o início do terceiro milênio antes de Cristo, passou a ser utilizado durante o império romano, juntamente com o gládio e depois foi largamente usado na Europa medieval, como uma arma de guerra, junto com a espada.

No Brasil, o punhal foi bastante modificado, recebendo o nome de estilete de forma geral no sertão brasileiro, seu uso era muito comum tanto no pampa gaúcho (chamado no Sul de estilete ou espeto, sendo usado junto com a adaga e o sabre entre os farroupilhas), quando seu comprimento era ampliado, servindo para preparo do churrasco, tanto para assá-lo como para levá-lo à mesa.

Como também no Cangaço do nordeste brasileiro - nos bandos de Cangaceiros, o punhal adquire uma forma mais alongada (o mesmo do gaúcho), possuindo ponta, porém, possuindo ou não possuindo cortes e se caracterizando como uma arma própria para se ferir com a ponta. Também lá no nordeste, de forma geral, o punhal, estilete ou espeto, servindo para o preparo do charque ou carne de sol (carne salgada, posta ao sol, para secar e poder ser armazenada e consumida em campanha ou acampamento), tanto para assá-la na brasa, como levá-la à mesa.


A adaga e sua história

Adaga é o nome genérico de um tipo de espada curta, de perfuração, com duplo corte de têmpera forte, serrada ou compacta. Crê-se que tivesse origem na Península Ibérica, Mediterrâneo e Oriente Próximo (região dos sete mares). De formas diversas, evoluíram de outras formas de armas brancas medievais, como os punhais, misericórdias, facas e cotós. Nem sempre teve o mesmo comprimento. Se no início era bastante larga e curta, no século XVI media cerca de um quarto a um terço de uma espada. No século XVII media, em média, 12 cm.

Era usada principalmente para aparar os golpes de espada dos adversários, por exemplo, em duelos. Enquanto que a espada era usada na mão direita, a adaga era usada pela esquerda e tinha também, por vezes, a função de destruir a ponta da espada do adversário, já que a sua têmpera era mais forte - além de que, por vezes, o seu gume era serrado.

Muitas vezes usadas como arma de arremesso (adagas menores) tendo o mesmo objetivo que as shurikens se usada com sabedoria pelo ninja e acertasse uma grande artéria, poderia ser mortal (ver artes marciais do Japão).

Simbolismo religioso

Um exemplo de simbolismo religioso ocorre na religião afrobrasileira do Candomblé. Nela Oxum é a orixá da beleza, do amor e da prosperidade, e em seu status de guerreira com ligação a Oxóssi, tradicionalmente, ela traz uma alfange (ou adaga) e um ofá (arco e flecha) simbólicos.

Simbolismo de virilidade

Em muitas culturas do mundo homens adultos trazem adagas na cintura como representação de terem atingido a maturidade e como estatus de sua masculinidade em seu meio social (ver, por exemplo, o gaúcho tradicional do Brasil meridional (bem o elemento campeiro correspondente de países vizinhos, como do Uruguai e da Argentina); e também ocorrências similares em culturas do Oriente Médio e do distante Oriente).

Simbolismo em brasões e bandeiras

Da mesma forma que muitos outros símbolos e cores, a adaga figura proeminentemente em muitos brasões e bandeiras de clãs, navios, estados, países, associações, etc.